O termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) é um documento importante que deve ser entregue ao paciente antes de qualquer procedimento médico ou cirúrgico, descrevendo sobre o que é o procedimento, seus riscos e benefícios, contraindicações, duração e efeitos, cuidados pré e pós-procedimento, necessidade ou não de retorno médico, dentre outras informações relevantes e que são indispensáveis para que o paciente melhor decida sobre a realização ou não do pretenso ato médico.
Em regra, ele deve ser usado previamente à realização de procedimentos invasivos ou que envolvem riscos significativos para o paciente.
As especialidades médicas que frequentemente o utilizam são:
Cirurgia geral: os cirurgiões executam inúmeros procedimentos invasivos que podem envolver riscos significativos para o paciente;
Anestesiologia: os anestesiologistas frequentemente administram medicamentos que podem ter efeitos colaterais ou complicações ao paciente;
Obstetrícia e ginecologia: os obstetras e ginecologistas muitas vezes realizam procedimentos invasivos e delicados, como cesarianas ou histerectomias, de risco ao paciente;
Cardiologia: os cardiologistas também ministram diversos procedimentos invasivos, como cateterismo cardíaco, correção endovascular do aneurisma da aorta e implante de cateter, arriscados a todo e qualquer paciente;
Dermatologia: os dermatologistas também devem usar o termo de consentimento livre e esclarecido, especialmente em certos procedimentos dermatológicos que envolvem riscos significativos para o paciente, como cirurgias dermatológicas, biópsias de pele, procedimentos estéticos invasivos (como preenchimentos dérmicos, toxina botulínica, procedimentos capilares), além de outros tratamentos dermatológicos que podem ocasionar efeitos colaterais ou complicações;
Oncologia: os oncologistas em seu dia a dia realizam tratamentos invasivos, como quimioterapia e radioterapia, que podem envolver riscos significativos para o paciente;
Ortopedia: os ortopedistas frequentemente realizam procedimentos invasivos, como cirurgias para corrigir fraturas ósseas ou artroscopias, que podem gerar sérios riscos ao paciente;
Neurologia: os neurologistas realizam diversos procedimentos invasivos, como cirurgias cerebrais ou biópsias cerebrais, que podem envolver riscos significativos para o paciente;
Oftalmologia: os oftalmologistas também realizam procedimentos invasivos, como cirurgias de catarata ou correção de visão a laser, com consequências arriscadas, podendo até gerar a cegueira do paciente;
Pediatria: os pediatras frequentemente realizam procedimentos invasivos, como cirurgias pediátricas, que podem envolver riscos graves ao bebê/criança (nesse caso, colhe-se o consentimento dos pais ou responsáveis do paciente);
Psiquiatria: os psiquiatras também podem realizar tratamentos psiquiátricos invasivos, como eletroconvulsoterapia (ECT) e estimulação magnética transcraniana;
Gastroenterologia: os gastroenterologistas diariamente realizam procedimentos invasivos, como colonoscopias ou endoscopias;
Radiologia: os radiologistas realizam procedimentos invasivos, como biópsias guiadas por imagem.
todos os médicos, independentemente de sua especialidade, devem obter o consentimento livre e esclarecido do paciente antes de realizar qualquer procedimento, sobretudo quando possa envolver riscos ao paciente, em que deve ser registrado por escrito em um documento específico (há casos em que o Conselho Federal de Medicina (CFM) admite que o termo seja verbal), assinado pelo paciente ou seu representante legal e pelo médico responsável pelo procedimento ou tratamento. Isso ajuda a garantir que o paciente esteja ciente de todos os atos relacionados ao procedimento ou tratamento.
Em verdade, o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) é uma prática padrão em todas as áreas da medicina e é fundamental para proteger os pacientes, devendo ser afastado o termo genérico, pois cada procedimento médico é único e possui seus próprios riscos, benefícios e alternativas. Cada paciente também é único e pode ter necessidades ou preocupações diferentes em relação a um procedimento médico.
É importante que o médico tenha uma discussão clara e detalhada com o paciente sobre o procedimento, oportunizando-o para fazer toda e qualquer pergunta antes de tomar uma decisão informada, fazendo valer o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e assegurando uma atuação profissional adequada, em respeito à legislação em vigor, aos atos do conselho de medicina e em observância ao que vem entendendo a Justiça, medida que trará segurança e tranquilidade a esta profissão que tanto lida com casos graves e problemáticos.
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